Se seu joelho está inchado, dolorido e você tem psoríase na pele, pode estar lidando com artrite psoriática do joelho. Esse tipo de artrite aparece em pessoas com psoríase e costuma afetar articulações grandes, como o joelho.
A boa notícia é que exames corretos e tratamento adequado reduzem dor e preservam a função.
Neste artigo você vai entender sinais que merecem atenção, quais exames pedir ao médico e opções práticas de tratamento, desde medicamentos até fisioterapia e cirurgia quando necessária.
Vou usar exemplos reais e linguagem direta para que você saiba o que perguntar ao seu reumatologista e como agir no dia a dia.
O que é artrite psoriática do joelho
Artrite psoriática é uma inflamação articular ligada à psoríase. Quando atinge o joelho, provoca dor, rigidez e limitação de movimento.
O processo é autoimune: o sistema de defesa ataca a própria articulação. Isso gera inflamação que, se não tratada, pode desgastar a cartilagem e alterar a estrutura do joelho.
Sintomas comuns
Os sinais variam, mas alguns aparecem com frequência. Reconhecê-los ajuda a procurar atendimento mais cedo.
- Dor e inchaço: Dor localizada no joelho, com aumento de volume da articulação.
- Rigidez matinal: Dificuldade para dobrar o joelho ao levantar, que melhora com movimento.
- Calor local: Sensação de calor sobre o joelho, indicando inflamação ativa.
- Limitação funcional: Dificuldade para subir escadas, caminhar longas distâncias ou agachar.
- Psoríase na pele: Lesões cutâneas ou unhas alteradas associadas à dor articular.
Quando suspeitar
Desconfie se você tem psoríase e passa a sentir dor persistente no joelho por mais de algumas semanas. O ortopedista Dr. Ulbiramar Correia orienta para procurar avaliação médica se o inchaço aparece de forma repentina e limita atividades.
Também procure o médico se a dor não responde a anti-inflamatórios comuns ou se há febre e sinais de infecção. Esses podem ser sinais de outras condições que exigem atenção imediata.
Exames para diagnóstico
O diagnóstico combina história clínica, exame físico e exames complementares. Nenhum exame isolado fecha o diagnóstico, mas o conjunto dirige a conduta.
- Exame físico: Avaliação do médico para localizar dor, presença de derrame articular e limitação de movimento.
- Radiografia: Ajuda a ver perda de espaço articular e alterações ósseas em fases mais avançadas.
- Ultrassonografia: Útil para detectar derrame e inflamação de tecidos moles ao redor do joelho.
- Ressonância magnética: Mostra inflamação precoce, dano cartilaginoso e alterações ósseas antes da radiografia.
- Exames laboratoriais: Analises de sangue podem excluir outras causas e medir inflamação, como PCR e VHS.
- Punção articular: Em casos de incerteza, o líquido do joelho pode ser analisado para excluir infecção ou gota.
Tratamento: objetivos e opções
O objetivo é reduzir dor, controlar inflamação e salvar a articulação. O plano é individualizado, considerando intensidade dos sintomas e impacto na vida.
Medicamentos
Medicamentos orais e injetáveis são a base do tratamento. Anti-inflamatórios aliviam a dor, mas não controlam a doença a longo prazo.
Medicamentos modificadores da doença, como metotrexato e agentes biológicos, atuam para reduzir a progressão. O reumatologista escolhe conforme a gravidade e comorbidades.
Infiltração
Injeções de corticosteroide no joelho podem reduzir inflamação local e aliviar sintomas por semanas a meses. É útil em surtos ou para preparar o paciente à fisioterapia.
Fisioterapia e exercícios
Fisioterapia regular melhora força, range de movimento e reduz dor. Exercícios de fortalecimento do quadríceps e alongamentos do posterior são importantes.
- Fortalecimento: Exercícios com resistência leve a moderada para estabilizar o joelho.
- Alongamento: Mantém flexibilidade e reduz tensão muscular que sobrecarrega a articulação.
- Atividades de baixo impacto: Caminhada leve, bicicleta ergométrica e natação protegem a articulação enquanto mantêm condicionamento.
Mudanças no estilo de vida
Perder peso quando indicado reduz carga sobre o joelho e melhora sintomas. Parar de fumar e controlar o estresse também ajudam, pois ambos influenciam a inflamação.
Adotar uma dieta equilibrada rica em frutas, verduras e ômega-3 pode colaborar com o controle inflamatório, embora não substitua a medicação prescrita.
Quando considerar cirurgia
Se o joelho estiver muito danificado e as medidas conservadoras não forem suficientes, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários. A artroscopia às vezes alivia sintomas, mas em casos de desgaste severo, a substituição total pode ser indicada.
Para pacientes com dor crônica e perda funcional importante, a prótese do joelho pode ser solução. A decisão parte da avaliação conjunta entre reumatologista e ortopedista.
Dicas práticas do dia a dia
Pequenas mudanças ajudam bastante no controle da artrite psoriática do joelho.
- Monitore sintomas: Anote dor, inchaço e gatilhos para compartilhar com seu médico.
- Proteja a articulação: Use calçados com bom suporte e evite cargas pesadas que sobrecarreguem o joelho.
- Rotina de exercícios: Inclua exercícios 3 vezes por semana para manter força e mobilidade.
- Comunicação com equipe: Informe seu dermatologista sobre sintomas articulares para integração do tratamento.
Prognóstico
Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitos pacientes mantêm boa função do joelho por anos. A chave é não adiar a avaliação quando surgem dores persistentes.
Monitoramento contínuo e ajuste da terapia reduzem risco de deformidade e a necessidade de cirurgia.
Conclusão
Artrite psoriática do joelho é tratável quando identificada cedo. Reconhecer sintomas, pedir os exames certos e seguir um plano que inclua medicamentos, fisioterapia e mudanças no estilo de vida faz grande diferença.
Se você tem psoríase e sente dor no joelho, marque uma consulta com um reumatologista. Use as dicas deste artigo e leve suas anotações para a consulta. Agende uma avaliação e comece a aplicar as orientações hoje mesmo.
